Poesias Vicentinas

domingo, 29 de julho de 2012

VULNERABILIDADE SOCIAL

(Eunice Carmo)

São reflexo da indiferença?
Completa-o!

Fruto da dependência?
Liberta-o!

Resultado da exclusão?
Soma-o!

Conceito de decadência?
Só Deus!
Pobres dos quem tem tudo e nada são.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Ser Carmelita

Consócia Maria Lucia Lameu

Ó poderoso e Santíssimo Senhor

que busco desde a aurora da minha vida,

chamaste-me à solidão de todas as coisas.

Volto-me a ti com alegria e amor para dizer que

com o Carmelo, sonha minha alma sofrida.

Das profundezas de meu ser,

como flor suave e delicada

surge a minha vocação de para

com amor divino ter ardoroso servir,

no silêncio de meu nada.

Não passeio serena pelo claustro

pedras de tropeço encontro no caminho,

Mas, às noite, celebro em vigília

e adoro-me no sublime sacramento

Com meu canto calado, mas cheio de amor.

Contemplo teu rosto,

em santo transbordamento.

Desprendo-me pois, das criaturas

Já não há paredes, nem ofícios, nem alturas.

Que pode haver de comum

entre o Carmelo e a clausura do mundo?

Nada irá seperar-me de ti, ó imutável.

Ó Jesus eucarístico, ó formosura,

De todas as graças, infinita doçura!

De todos os encantos, em melodias e cantos

inebria minha alma com toda poesia.

De ser carmelita nesta via, por excelência,

na noite de Fé, vive esta vocação

em verdade e essência.

MEU CANTO DE LAMENTO

WALTER PERES CHIMELLO *

Eu canto

Bem alto,

Com voz de tenor.

Quero ser ouvido

Por todos os cantos.

Minha alma canta

E o sentimento espanta

Essa agonia imensa.

Dor que dói tanto

De ver gente chorando,

De ver gente morrendo

Com fome pelos cantos,

Com sede no olhar

E que tão cedo

Os olhos se fecham.

Terra manchada de sangue,

Nas cidades,

Nos campos de batalha

E nem sabe o porquê.

Eu canto,

Meu canto é triste

Mas eu canto,

Sonhando que amanhã

A aurora virá

E não haverá

Essa guerra que tanto reluz,

Porque o povo ouvirá

As palavras do Senhor Jesus.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

EU SONHO...

Eunice carmo

Um mundo sem ambição, cada um com aquilo que realmente necessita.

O verdadeiro amor reinando sobre a terra, o olhar de um será para outro.

O ego será vencido, a humildade contagiando todos os corações

A maldade será esquecida de tal forma, que nunca mais haverá medo.

Assim a paz reinará para sempre, a felicidade iluminará todos os caminhos.

Eu tenho um sonho, porque amo a humanidade.

Creio na esperança no futuro infinito. Desejo simplesmente que a humanidade seja

Huma

Unidade

Verdadeira e digna de ser seresO significado da vida torna-se maravilhoso quando queremos e mais fantástico ainda quando sonhamos com um mundo melhor. A realidade do meu sonho é energia das ações pro - humanas.

O propósito da existência humana é fazer o bem feito.

Meu Sonho terá um final feliz!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

OZANAM: a ternura de Deus

WALTER PERES CHIMELLO

Juventude santa de saber impregnada,

Iluminado agente da mensagem cristã.

Época do ter na alma enraizada

Eis que surge esta voz de ternura louçã.

Voz que então inunda os ares da Sorbone

Entre figuras eminentemente nobres,

Seguem seus passos jovens de fibra, sem nome,

Pelos caminhos do bem e do amor aos pobres.

Em tempo incrédulo essa alma pura

Ecoando com força, coragem e candura,

Proclama a todos os jovens a não viverem qual Saulo.

Depois, sacode Paris com gestos de amor,

Em cada canto do mundo nasce uma flor:

A Sociedade de São Vicente de Paulo.

Carlos Drummont de Andrade


OS POBRES
(Carlos Drummont de Andrade)
Domingo. Tarde. Consócio da Matriz.
Luz escassa no adro verde.
Comprida toalha vermelho-vinho
amacia a mesa das deliberações.
Ao derradeiro raio de sol
Bailam crepúsculo no ar.
A Conferência vicentina
considera a vida dos pobres.
O pai não veio desta vez.
Mandou-me em seu lugar. Sou grande,
já não sou menino estabanado
ao cuidar da vida dos pobres.
Mas que sei da vida dos pobres
senão que vivem: sempre, sempre
Como a água, a pedra, o costume?
Se São Vicente manda ver
no rosto deles o Cristo,
o que vejo é comum pobreza
resignada, consentida,
tão natural como sinal na pele.
Estendo a mão com gravidade
Na hora de contribuir.
Não é meu dinheiro? É meu gesto.
Não salvo o mundo. Mas me salvo.
(enviado pelo cfr. Wálter - Franca,sp)

Carlos Lúcio Gontijo


VICENTINO
Sabe todo o bom e verdadeiro vicentino
Que solidariedade é prática e não destino
De gente sábia que vê o adulto no menino
Que acredita no poder divino da cooperação
Como solução viável para um mundo melhor
Pois pior que a desmesurável dor da pobreza
É a falta de nobreza e sensibilidade no coração