Ó poderoso e Santíssimo Senhor
que busco desde a aurora da minha vida,
chamaste-me à solidão de todas as coisas.
Volto-me a ti com alegria e amor para dizer que
com o Carmelo, sonha minha alma sofrida.
Das profundezas de meu ser,
como flor suave e delicada
surge a minha vocação de para
com amor divino ter ardoroso servir,
no silêncio de meu nada.
Não passeio serena pelo claustro
pedras de tropeço encontro no caminho,
Mas, às noite, celebro em vigília
e adoro-me no sublime sacramento
Com meu canto calado, mas cheio de amor.
Contemplo teu rosto,
em santo transbordamento.
Desprendo-me pois, das criaturas
Já não há paredes, nem ofícios, nem alturas.
Que pode haver de comum
entre o Carmelo e a clausura do mundo?
Nada irá seperar-me de ti, ó imutável.
Ó Jesus eucarístico, ó formosura,
De todas as graças, infinita doçura!
De todos os encantos, em melodias e cantos
inebria minha alma com toda poesia.
De ser carmelita nesta via, por excelência,
na noite de Fé, vive esta vocação
em verdade e essência.
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