terça-feira, 28 de julho de 2009

Ser Carmelita

Consócia Maria Lucia Lameu

Ó poderoso e Santíssimo Senhor

que busco desde a aurora da minha vida,

chamaste-me à solidão de todas as coisas.

Volto-me a ti com alegria e amor para dizer que

com o Carmelo, sonha minha alma sofrida.

Das profundezas de meu ser,

como flor suave e delicada

surge a minha vocação de para

com amor divino ter ardoroso servir,

no silêncio de meu nada.

Não passeio serena pelo claustro

pedras de tropeço encontro no caminho,

Mas, às noite, celebro em vigília

e adoro-me no sublime sacramento

Com meu canto calado, mas cheio de amor.

Contemplo teu rosto,

em santo transbordamento.

Desprendo-me pois, das criaturas

Já não há paredes, nem ofícios, nem alturas.

Que pode haver de comum

entre o Carmelo e a clausura do mundo?

Nada irá seperar-me de ti, ó imutável.

Ó Jesus eucarístico, ó formosura,

De todas as graças, infinita doçura!

De todos os encantos, em melodias e cantos

inebria minha alma com toda poesia.

De ser carmelita nesta via, por excelência,

na noite de Fé, vive esta vocação

em verdade e essência.

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